Diminuir os custos de produção e aumentar a fertilidade (taxa de ovulação e prenhez) em ovinos da raça Santa Inês, a partir do aumento da utilização da palma forrageira na dieta animal, é a base da pesquisa iniciada nesta semana pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte- EMPARN. A redução do período de flushing, prática de aumentar o aporte energético na nutrição antes da estação de monta (acasalamento dos animais) é outro fator também em avaliação.
A pesquisa está sendo realizada na Estação Experimental Rommel Mesquita de Faria, sede da EMPARN, localizada no município de Parnamirin/RN. O projeto, com o título “Efeito da suplementação energética com palma forrageira e concentrado sobre os parâmetros reprodutivos de ovelhas Santa Inês”, conta com investimentos próprios da empresa disponibilizados via Comitê Técnico Interno (CTI).
“A diretoria tem dado todo o apoio aos projetos desenvolvidos pelo CTI, inclusive garantindo recursos próprios para que não parem”, disse o diretor Presidente Rodrigo Maranhão.
Em geral, o milho é o alimento preferido para elevar o aporte nutricional em ruminantes, por fornecer uma fonte de energia rapidamente disponível aos micro-organismos do rumem. No entanto, devido ao seu alto custo, contribui consequentemente para a elevação do custo de produção. “Na nossa pesquisa faremos a inclusão de 37% de palma forrageira na dieta, em substituição ao milho”, explicou a coordenadora da pesquisa, a veterinária e Doutora Reprodução Animal, Marciane da Silva Maia.
Com a realização deste estudo, a pesquisadora espera revelar que a inclusão de palma nas dietas associadas à redução do período “flushing” de 45 para 21 dias contribua não apenas para a redução dos custos de produção, como também, possibilite a elevação da taxa de ovulação e prolificidade (crias nascidas/fêmea parida) das matrizes, elevando assim a produtividade do rebanho. “O aumento do número de crias nascidas possibilitará ao produtor comercializar parte da sua produção aumentando seu lucro, com um investimento mínimo, o que é importante para os produtores menos capitalizados”, completou.
Para o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da EMPARN, Marcone Mendonça, “os resultados advindos do presente projeto, certamente, serão mais um sucesso quanto à geração de conhecimentos/tecnologia voltado ao negócio rural, notadamente, quando se trata da nutrição versus reprodução animal utilizando-se essa importante cactácea como fonte de alimento no
Semiárido”.
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