O Rio Grande do Norte registrou queda nas exportações no primeiro semestre de 2020. Comparado ao mesmo período do ano passado, a redução chegou a 37,6%. Os dados foram divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação da Indústria do Rio Grande do Norte (Fiern).
Os produtos que mais impulsionaram a redução foram o querosene para aviação, com queda de 65,5%; o melão, que registrou uma redução de 39,4%; e o pescado, com saldo negativo de 38,6%. De acordo com o levantamento da Fiern, poucos setores apresentaram aumento em relação a 2019, o que demonstra que o mercado desses produtos não aponta tendência de recuperação.
Outra preocupação é com o fim das operações de uma empresa aérea alemã responsável pelo transporte semanal de frutas pelo Aeroporto Internacional de Natal, localizado em São Gonçalo do Amarante. O anúncio foi feito na segunda quinzena de julho. De acordo com a Secretaria Estadual de Agricultura, a suspensão deve ser temporária.
Mesmo com os dados negativos, o secretário Guilherme Saldanha aponta expectativas positivas para o segundo semestre. "No caso das frutas, esse ano, em decorrência das chuvas, as exportações pararam mais cedo. Mas a expectativa é de um segundo semestre com números bem mais favoráveis. A Europa conseguiu produzir muito pouco nesse primeiro semestre, o que favorece nossas exportações", afirma o secretário.
De acordo com o Sindicato da Indústria de Pesca do RN, a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus impactou na queda das exportações e ainda provocou uma redução de cerca de 4 mil empregos diretos no setor. "Nós estamos discutindo com a superintendência dos bancos do RN uma forma de poder dar acesso às empresas, no que diz respeito a custeio. Seria uma forma das empresas do setor conseguirem começar a recuperar as atividades", afirma Gabriel Calzavara, presidente do sindicato.
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