PECUÁRIA LEITEIRA E DERIVADOS LÁCTEOS SERÃO TEMA DO ENEL. FOTO: MORAES NETO
Os desafios e as novas tecnologias para aumentar a produtividade e agregar valor a produtos artesanais derivados do leite no Nordeste serão discutidos no Rio Grande do Norte, durante a edição do Encontro Nordestino do Setor de Leite e Derivados (Enel), que será realizado no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, entre os dias 5 e 7 de agosto. O evento deverá reunir duas mil pessoas, entre produtores, profissionais, especialistas e estudantes da região em torno da programação, que conta palestras, oficinas, concurso de queijos e dias de campos com treinamentos práticos.
Para se ter a devida noção da importância da pecuária leiteira, basta saber que mesmo com a redução do rebanho bovino em geral, a produção de leite cresceu segundo o último Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No Nordeste, a produção de leite subiu de 3,5 bilhões de litros em 2013 para 3,8 bilhões de litros em 2017, um crescimento de 8,2%. No Rio Grande Norte, a bacia leiteira teve um incremento ainda maior, superior a 14%, saindo de 209,1 milhões de litros por ano para 239 milhões de litros no mesmo intervalo. Por isso, o setor busca rumos para aumentar a competitividade das propriedades que tem o leite e os derivados como base dos negócios e fortalecer essa atividade.
“Temos uma cadeia muito diversificada e temos alguns desafios que precisam ser superados. O encontro vem justamente nesse sentido, discutindo alternativas e trocando conhecimento em termos de inovação tecnológica voltada para o setor, as novas oportunidades que despontam para o produtor e as formas de agregar valor ao produto regional. Essas serão as tônicas principais dos debates do Encontro”, explica o gestor do programa Leite & Genética do Sebrae- RN, Acácio Brito, que também é coordenador do 15º Enel, que é o maior evento da cadeia do leite e derivados da região Nordeste e um dos mais importantes do Brasil.
Programação
O encontro vai servir para debater os desafios enfrentados pelos produtores, principalmente com a ascensão das novas tecnologias, que transformam o mercado e criam mais oportunidades. A ideia é a aproximar os diversos elos da cadeia produtiva do leite no Nordeste com a troca de informações, disseminação de tecnologias, apresentação e discussão sobre novos negócios.
A programação do Enel contará com palestras, minicursos, oficinas, dias de campo, exposição de máquinas, equipamentos, insumos e serviços direcionados ao segmento, além do Concurso de Queijos Regionais, que vai eleger os melhores queijos de coalho e de manteiga entre os laticínios nordestinos. O Enel também terá uma exposição de 240 animais bovinos e contará com pista, julgamento e leilão de bovinos com 30 lotes.
O evento deve reunir no Parque Aristófanes Fernandes 1,5 mil pessoas, entre produtores Rurais, selecionadores, proprietários de queijeiros artesanais, indústrias de laticínios, fornecedores de máquinas e equipamentos, profissionais das ciências agrárias, pesquisadores, estudantes, gastrônomos e chefs de cozinha, além de startups.
Nessa área de tecnologia, um dos destaques será a realização do Vacaton, uma espécie de hackathon voltado para a pecuária leiteira. Será uma verdadeira maratona focada no desenvolvimento de soluções que possam impactar essa cadeia produtiva e deverá contar com a participação de 100 competidores. O Enel foi criado no Rio Grande do Norte, em 2003, e volta pela quarta vez ao estado. O evento é promovido pelo Sebrae e tem o apoio da Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc).
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