O governador Robinson Faria se reuniu no final da tarde desta segunda-feira, 17, no auditório do Sesi em Mossoró, com representantes da indústria salineira no Rio Grande do Norte, atividade que produz 96% do sal brasileiro.
“Participar desta reunião aqui em Mossoró mostra a importância que o governador dá à questão do sal e aos pleitos dos empresários do setor. Venho trazer o meu total e irrestrito apoio àqueles que trabalham na cadeia do sal no Rio Grande do Norte, uma das principais atividades da nossa economia. Atividade que vem sofrendo injustiças ao longo do tempo, com a redução da alíquota para importação de sal produzido no Chile e com as restrições impostas pela legislação federal. Os salineiros hoje são sobreviventes. O que precisar ser feito para reverter as dificuldades terá o meu apoio e da equipe do nosso Governo que é parceiro dos salineiros do RN”, afirmou Robinson Faria, lembrando que assinou a concessão de incentivos fiscais ao setor com vigência para os quatro anos do seu mandato.
Robinson Faria reconheceu que hoje há um impasse na cadeia produtiva do sal no RN. E considerou que “a luta para defender a indústria salineira é suprapartidária e deve contar com apoio de toda a classe política do Estado. “Essa luta deve estar acima dos partidos. E requer muita ousadia de todos nós, para que possamos convencer autoridades e órgãos federais a retirar as barreiras que estão nos prejudicando”.
O governador se comprometeu a marcar audiência com o presidente da República para tratar do pleito dos salineiros. “Vou solicitar a audiência ao Presidente e que ele inclua na reunião a presença do ministro do Meio Ambiente. Importante também que a nossa Assembleia Legislativa e as Câmaras Municipais de Mossoró e municípios produtores de sal aprovem leis colocando a atividade como de interesse social. Isso reforçará nossa luta”, recomendou.
O chefe do Executivo também defendeu a união pela recuperação do Porto Ilha em Areia Branca, por onde grande parte do sal é embarcado com destino a outros países e aos demais estados brasileiros.
O PROBLEMA
Os produtores de sal no RN alegam dificuldades para a produção com a restrição, pelo novo Código Florestal, de áreas ocupadas há décadas, conhecidas como “apicuns” e “salgados” para proteção ambiental. Eles também defendem que a indústria salineira seja reconhecida como atividade de interesse social em âmbito nacional, pela sua importância para as indústrias alimentícia, química e para a purificação de água.
O setor pede apoio político para modificar o atual Código Florestal que proíbe áreas de “apicuns e salgados” – margens de mananciais de água para a produção de sal. Para isso será preciso mudar a lei federal.
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