Do Estado de Minas:
A Polícia Federal apontou em laudo anexado nessa sexta-feira a uma das investigações sobre a Odebrecht que instituições ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberam R$ 3.973.237,90 da construtora, entre 2011 e 2014. A empreiteira está sob suspeita da Operação Lava-Jato de ter integrado cartel em esquema de corrupção na Petrobras – seu presidente, Marcelo Bahia Odebrecht, está preso desde 19 de junho. O relatório também citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Os pagamentos foram realizados ao Instituto Lula e para a LILS Palestras, Eventos e Publicações. A PF fez o exame com base em dados levantados a partir da quebra de sigilo da empreiteira. No mesmo documento, os peritos criminais informam que o Instituto Lula e a LILS também receberam dinheiro de outras fontes, totalizando R$ 17.233.278,62.
“Deve-se destacar que foram encontrados também outros lançamentos contábeis indicativos de pagamentos realizados por outras empreiteiras investigadas no âmbito da Operação Lava-Jato”, aponta o laudo. Entre os pagadores estão algumas das maiores empreiteiras do País: além da Odebrecht, Camargo Corrêa (R$ 4.527.999,30), Queiroz Galvão (R$ 1.194.894,78), Andrade Gutierrez (R$ 3.607.347), OAS (R$ 3.572.178,52) e UTC
(R$ 357.621,12).
Segundo o Instituto Lula, todas as contribuições ao instituto e todos os pagamentos para palestras do ex-presidente Lula são legais, contabilizados e com os devidos impostos pagos. Os pagamentos para LILS são por palestras. “O ex-presidente reafirma que sempre teve uma conduta dentro da lei antes, durante e depois do exercício do seu mandato na Presidência da República. O Instituto Lula, por fim, registra o seu repúdio a qualquer vazamento de informações bancárias protegidas por lei, de entidades que não cometeram nenhum ilícito e não são investigadas pela Operação Lava-Jato”, diz o instituto em nota.
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