Renato Dantas, sempre bem informado, registrou ontem, 13 em seu “blog”:
Nesta quinta-feira (13) que antecede a sexta-feira da paixão, haverá um encontro noturno de algumas personalidades da politica potiguar ensaiando a crucificação do governador Robinson Faria.
Uma trinca de outsiders da política potiguar estão achando que podem passar por cima de todos caciques desgastados com o momento atual da vida politica brasileira.
A informação de Renato Dantas é justificada pelo que vem ocorrendo ultimamente, nas salas e corredores de instituições e de empresas estaduais.
Há “grupos informais no RN” , basicamente provenientes da atividade econômico-empresarial, absolutamente ouriçados com os últimos acontecimentos da política nacional e, sobretudo, “festejando euforicamente” as “flechas” da Lava Jato, que atingiram políticos locais , em todos os partidos.
Muitos dos integrantes desses grupos são tradicionais “comensais” das lideranças políticas em investigação e com eles formaram parcerias.
Mesmo com tais ligações de amizade e de interesses, todos consideram mortais para os denunciados, as últimas “flechas envenenadas” da Lava Jato.
Em razão de tal constatação, admitem que há um vácuo político no Estado, que precisa ser imediatamente preenchido.
Os “articuladores” do movimento – de forma autosuficiente – imaginam ter na política a mesma habilidade que alguns tiveram na atividade empresarial.
Por isso, raciocinam que os políticos tradicionais seriam afastados e facilmente ocorreria o preenchimento do espaço pelos chamados “novos“, que teimam em dizer que não são políticos, porém agem no estilo dos políticos, buscando mandatos, a qualquer custo.
Eles entendem que os candidatos proporcionais, se tiverem recursos financeiros, poderão ainda mobilizar votos, com dificuldades.
Porém, os pretendentes a cargos majoritários, manchados pela Lava Jato, estariam, desde já, “fora do jogo de 2018″ (governador e senadores).
Existem várias razões para o diagnóstico dessa conjuntura local, segundo a ótica desses “grupos”.
A principal delas é que as investigações não seriam concluídas até 2018 e a “espada de Dâmocles” inviabilizaria quem fosse denunciado.
Outro motivo é que, com a fiscalização rígida na mobilização de recursos, somente os que tiverem os “bons olhos” da área econômica, disporiam do dinheiro necessário para, direta e indiretamente, financiarem o processo eleitoral.
Há algum tempo realizam-se, nos finais de semana, em Natal e Mossoró, reuniões com objetivos político-eleitorais, nas quais desfilam opções de “chapas” no estilo “João Doria“, com nomes do tipo “Marcelo Alecrim“, “Flávio Rocha” e outros, para serem lançados, na próxima eleição no RN.
Há até apoio de instituições legalizadas.
Já existem candidaturas praticamente pré-definidas nos bastidores.
Até aí, tudo normal.
Não há impedimento para que o cidadão, com direitos políticos, aspire mandatos eletivos.
Não se pode negar que a experiência empresarial seja útil na vida pública, desde que o pretendente possua espírito público e a indispensável vocação política, não se orientando apenas pelo endeusamento do “mercado”.
Os “olhos” desses pré-candidatos brilham, segundo um informante, quando essa hipótese de disputa em 2018 é admitida.
Entretanto, só faltaria combinar com os “russos”.
Isso porque, para os analistas cabem indagações.
Será que a decepção popular com os políticos conduzirá o povo para “aventuras” com desconhecidos na vida pública (mesmo sem terem máculas éticas).
Será que a arteriosclerose coletiva levaria o eleitorado do RN ao esquecimento, a ponto de não considerar a experiência, curriculum, os serviços prestados e a história pregressa dos candidatos em 2018?
Será que os pregadores de “novos tempos” e do “estado mínimo”, ao invés do “estado necessário, nunca desfrutaram da mão amiga do Estado, independente de terem sido eficientes e capazes?
Será que o eleitor na próxima eleição vai votar melhor, pesquisando os nomes e buscando opção consciente?
O blog acompanha, com informações fidedignas e tem os nomes dos articuladores desse movimento, no momento, ainda meio subterrâneo.
Oportunamente, o internauta terá detalhes e análises.
Afinal, o nosso despretensioso e modesto lema é sempre “Informar com opinião”.
Fonte: Ney Lopes
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